quarta-feira, 24 de novembro de 2010

O Crime do Padre Amaro - Eça de Queiroz


A primeira vez que tive contacto com a história do Padre Amaro foi no filme/bosta do Carlos Coelho da Silva, de seu nome “O crime do Padre Amaro” (o que fez com que, mais tarde, e quando iniciei a leitura da obra de Eça de Queiroz, cada vez que lia o nome de Amélia me viesse à cabeça a imagem das mamas da putéfia “Amélia Soraia Chaves"…).


Mas vamos ao livro.

Amaro Vieira é um padre sem qualquer vocação que chega a Leiria, por influências políticas, para ocupar o lugar de pároco.

Com a ajuda do seu antigo mestre do seminário, o Cónego Dias, arranja um quarto em casa de D. Joaneira onde conhece a sua filha, a linda e virginal Amélia.

Como o homem não é de ferro, surgem olhares lascivos entre Amaro e Amélia, que dão origem a uma ardente e proibida paixão.

Toda a narrativa que se segue está repleta de zombaria e mordacidade numa crítica implacável à sociedade portuguesa e, em particular, à igreja.

Eça consegue, como ninguém, atingir os “podres” das instituições, nomeadamente a falta de princípios e valores das pessoas que as compõem, sempre com elevadíssimas e sublimes doses de humor e ironia.

Eu gosto de rir. E gosto de ler livros que me façam rir. É por isso que, no que toca às leituras, autores como Eça, Camilo, Aquilino, Welsh ou Kennedy Toole estejam entre os meus eleitos.

Foi assim que li O crime do Padre Amaro: a rir-me. Muito!

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